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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Confusão com morador de rua em restaurante da Zona Sul do Rio gera polêmica na web

Confusão com morador de rua em restaurante da Zona Sul do Rio gera polêmica na web

Fachada do restaurante, em Copacabana, na Zona Sul do Rio
Fachada do restaurante, em Copacabana, na Zona Sul do Rio Foto: Reprodução/Facebook
Luísa Lucciola
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A agressão a uma pessoa em situação de rua em um restaurante na Zona Sul carioca provocou polêmica na internet. A história, relatada no Facebook pelo estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro Thiago Tomazine, de 22 anos, alcançou mais 7 mil compartilhamentos e de 10 mil curtidas em apenas um dia. O dono do restaurante Pigalle, Carlos Alberto Suarez, confirmou a confusão, mas negou que o homem tenha sido agredido.
Segundo Tomazine, ele e um amigo estavam no restaurante, na Avenida Atlântica, em um rodízio de petiscos, quando o morador de rua chamado Clarindo pediu comida a eles e os dois resolveram dar algumas sobras dos alimentos.
— O gerente disse que a gente não podia dar comida para ele, a não ser que pagássemos mais um rodízio, que era uma regra da casa. Mas ele se ofereceu para dar um prato de comida “lá atrás”. Passou um tempo e o morador de rua voltou todo assustado, dizendo que o gerente queria dar porrada nele. Eles começaram a discutir e o gerente pegou ele numa gravata e o jogou no chão — explicou Tomazine.
O post que foi compartilhado mais de 7 mil vezes e teve mais de 11 mil comentários
O post que foi compartilhado mais de 7 mil vezes e teve mais de 11 mil comentários Foto: Reprodução/Facebook
Em seu relato no Facebook, o estudante explica que depois de Clarindo ser solto, eles decidiram pagar seu rodízio. “Mesmo assim ainda continuou sofrendo preconceito. Ele tentou ir ao banheiro e foi barrado. Estávamos sentados na ‘varanda’ e o banheiro ficava na parte de dentro, com ar-condicionado e pessoas ‘ricas’ comendo. Acho que não queriam um negro, pobre e morador de rua ali dentro”. Segundo ele, Clarindo ameaçou agredir o gerente com uma faca, mas voltou atrás. O gerente decidiu, então, chamar a polícia. Quando o policial chegou e constatou que eles iriam pagar a conta do morador de rua e que ele não estava incomodando, não fez nenhum registro e foi embora.
O dono do restaurante explicou que está analisando as imagens das câmeras de segurança e que ainda vai conversar com o gerente, que estava de folga na segunda-feira e trabalha no turno da noite. Segundo Suarez, é possível ver nas imagens que não houve agressão.
— O rapaz de rua estava com a aparência horrível, parecendo até meio drogado. Na filmagem dá pra ver que há uma confusão, mas é mentira, não teve mata leão, dá para ver. Até porque ninguém quis ir à delegacia. Ele se sentiu tão descriminado e não quis ir à delegacia? Por que não? — questiona. — Às vezes, numa situação dessas, uma pessoa vai na mesa do restaurante e rouba o celular de um cliente, até para poder vender depois para comprar drogas. Se você não vai falar, fica parecendo que o lugar é largado.
Tomazine conta que ficou sensibilizado com a ação de Clarindo antes de ir embora.
— Ele cumprimentou o gerente, abraçou ele e disse: “Eu te perdoo” — conta o estudante. — Eu postei a história no Facebook esperando que as pessoas deixassem de comer no restaurante, para dar o troco. Acabou tendo mais repercussão do que eu achava. Estamos pensando até em fazer um protesto ali na frente.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Elite fascista no Brasil queima, envenena, incendeia, mata mendigos a paulada, diz que devem virar farinha de peixe e quer varrê-los da rua

dezembro 8th, 2013 by mariafro

Moradores de rua são alvo de protesto em Florianópolis: “Não precisamos de mendigos: Fora!” Li a notícia dese movimento em Florianópolis que quer varrer os mendigos de Canasvieiras como se fossem lixo. Parei para lembrar de alguns casos que chegaram até a mídia, vejamos:
Assassinos do Pataxó, Galdino dos Santos
Na madrugada de 20 de abril de 1997 Galdino, um pataxó foi queimado vivo por adolescentes de classe média na capital Federal. Durante o julgamento em 2001 os acusados disseram que o objetivo era “dar um susto”, fazer uma “brincadeira”” para que ele se levantasse e corresse atrás deles. Alegaram, ainda, que chegaram a jogar fora na grama parte do álcool adquirido num posto de gasolina, por não ser necessária toda a quantidade comprada para dar o alegado “susto”. Um dos rapazes disse à imprensa que ele e seus amigoshaviam achado que Galdino era um mendigo e que, por isso, haviam decidido perpetrar o ato.
Em maio de 2011 mendigos de Belo Horizonte envenenados com veneno de rato
Em setembro de 2011, uma senhora na paulista exige que a polícia retire morador de rua paraplégico do seu caminho, chamando-o de lixo, macaco, e diante da recusa dos policiais, ela os ofende.
Em Abril deste ano em Minas Gerais, Donato se diverte ‘enforcando’ mendigo em imagem divulgada na sua página pessoal do Facebook. O neonazista é acusado por agressões a negros e gays 

(Print: Facebook)
Abaixo a prisão do meliante:
Também em julho o Fantástico copiando um probrama estadunidense lança a versão tupiniquim com o tema ‘agressão a mendigo
Em outubro deste ano no Rio de Janeiro
‘Mendigo deveria virar ração para peixe’, diz vereador de Piraí, RJ ao defender projeto que proíbe voto a moradores de rua
Por isso, a elite catarinense de Florianópolis querer varrer os mendigos que ela trata sem nenhum eufemismo como “lixo” não deveria nos surpreender. O que indigna é mais uma vez isso cair no vazio, afinal os moradores com ação fascista estão organizados em uma associação, podem ser identificados, portanto, o Ministério Público não faz nada porque não quer.